FANFALHAÇOS

Cristiano Pena - Palhaço Xique-Xique

Sou Cristiano Pena, ator, palhaço e diretor. Como artista venho me dedicando ao exercício constante do ofício teatral. Estudei no Teatro Universitário da UFMG onde aprofundei e ampliei o conhecimento do vasto mundo do teatro. Descobri fundamentos teóricos, a história da arte dramática além do contato com mestres, companheiros e amigos que me motivaram a seguir este caminho que já é vivenciado há 10 anos.

No período de estudos no Teatro Universitário (1996 a 2000) participei de cursos e oficinas oferecidas pelos Festivais de Inverno da UFMG, Festival Internacional de Teatro de BH, no Encontro Mundial de Artes Cênicas e em eventos livres. Aprendi com pessoas queridas como: Richard Riguetti, Francisco Van der Poel (Frei Xico), Graziela Rodrigues, Renata Lemes, Eugênio Barba, Márcio Libar, Palhaço Cheirozinho, Palhaço Lingüeta, Alice Viveiros de Castro, Fernando Limoeiro, Luiz Carlos Vasconcelos, Rodrigo Robleño, Ana Luisa Cardoso, Marcelo Bones, entre outros.

Como palhaço, atuo muito em praças e parques, dialogo também com outros espaços alternativos. Esta figura livre desperta também uma infinidade de possibilidades de expressão e de contato com o público. Na arte de palhaços tenho encontrado um espaço afetuoso e inquietante de trocas, posicionamentos e cumplicidade. Esta arte chegou a mim através de artistas que cuidam de uma maneira muito especial deste saber/querer milenar. Aprendi e aprendo em oficinas, no contato direto com os palhaços de tradição circense e de rua, no estudo teórico e na interação com o público de diferentes faixas etárias e realidades sociais.

Trabalhei em vários projetos como ator e diretor. Em Belo Horizonte, trabalhei no Grupo Até Tu SLU, na Cênica Balaiuô de Teatro, com os grupos Kabana, Atrás do Pano, Parangolé, Tal e Cia e Realejo. Sou integrante e um dos fundadores do Teatro Terceira Margem, associação cultural com atuação em Minas Gerais e que desenvolve os projetos: “Roda de Palhaços”, “É no meio da praça, é no meio da rua”, “Caravana de Artesania”, entre outros. 

Minha experiência como diretor teatral vem se complementando desde o início dos estudos no Teatro Universitário. Dirigi a Cia Balaiuô em Betim/MG, Marieta e Mariola em BH, o Grupo Cinamomo em Conceição do Mato Dentro/MG, o Circo do Salão do Encontro em Betim/MG além de intervenção artísticas no projeto Roda de Palhaços em João Monlevade, Juiz de Fora, Montes Claros, Governador Valadares, Vespasiano, Dores do Indaiá, Martinho Campos, Quartel Geral e Abaeté. Dirijo o grupo cênico-musical Resplendor e as apresentações artísticas do Teatro Terceira Margem, como: Números de Cortina, Intervenções Quase Espetaculares e o recital poético Eu Passarinho. Dirijo também o processo criativo da “Fanfalhaça”, uma feliz experiência que surgiu no “Grupo de estudo Arte de Palhaços”.

                                                                                                                                    
 Júnia Bessa  - Palhaça Biju 

Comecei a fazer teatro em 1994, no Grupo Bayu, Núcleo de Pesquisas Teatrais dirigido pela mestra em Teatro pela USP Cristina Tolentino e apoiado pelo Colégio Marista Dom Silvério, onde eu estudava. Dediquei 36 horas semanais para a pesquisa de técnicas corporais e vocais inspiradas em Artaud, Grotowisk, Eugênio Barba, Peter Brook, Teatro Oriental e Butoh. Fiquei neste grupo até 1999, criando e apresentando diversas performances e espetáculos. 

Em 2002, participei do Oficinão Galpão Cine Horto. Sob a direção de Chico Pelúcio do Grupo Galpão, criamos e apresentamos o espetáculo “O homem que não dava seta”. A peça foi destaque da Mostra Fringe do Festival de Teatro em Curitiba, sendo também apresentada na Campanha de Popularização do Teatro em BH. Fui indicada como melhor atriz coadjuvante para o prêmio Sesc/Sated. Mas o melhor de tudo foi conhecer o ator, colega e hoje meu companheiro de vida, Cristiano Pena.

Em 2006, formei em Licenciatura em Artes Cênicas (após formar em Psicologia em 2001), ambos pela Universidade Federal .  Nestes cursos, aprofundei o conhecimento sobre o universo cênico, a subjetividade e dinâmicas humanas, a partir de reflexões teóricas e de exercícios práticos. Pude também ampliar o aprendizado em experiências extra-acadêmicas, como: direção artística de espetáculo cômico-científico do Grupo “Ciência na Cabeça” (bolsa PAE); contadora de histórias na Vila Acaba Mundo pelo projeto Mala de Leitura/REDI (bolsa PAE); e pesquisa sobre cultura popular/psicologia social (bolsa de iniciação científica).

Nesse percurso de atriz, fiz oficinas de palhaço e artes cênicas com diversos diretores e mestres, como: Richard Riguetti/RJ, Márcio Libar/RJ, Ana Luísa Cardoso/RJ, Alice Viveiros de Castro/RJ, Bete Dorgan/SP, Adelvane Néia/SP, José Regino/DF-Celeiro das Antas, Cia de Circo-Teatro “Os fofos encenam”/SP, Rita Gusmão/UFMG e também: Julia Varley/Odin Teatret-na Itália, Grupo Tá Na Rua/RJ, Renata Lemes/SP, curso de teatro no Espaço de Concepções Cênicas na Arte Teatral (3 anos). Participei de encontros e seminários na área artística, entre os quais: Universidade do Teatro Eurasiano com Eugenio Barba, Julia Varley, Nicola Savarese, Mirella Skino (Itália 2007), Encontros de Linea Trasversale (participação em 9 encontros na Itália, Alemanha, Malta, Nova Lima e Pedro Leopoldo), Encontro Mundial de Artes Cênicas (1998). Participo ativamente de redes colaborativas ligadas às artes cênicas, entre elas: Coletivo de Palhaços e Rede de Teatro de Rua.

Participo do Teatro Terceira Margem desde a sua criação, em 2003. Atuo como palhaça e atriz nas apresentações: “Números de Cortina”, “Pot Pourrí Cômico”, “Intervenções quase Espetaculares” e também nos projetos/ações: “Grupo de Estudos Arte de Palhaços”, “Roda de Palhaços”, “É no meio da Praça, é no meio da rua”, “Roda Mundo” e “Dramaturgia do Encontro”, entre outros. Como palhaça, busco rir de mim mesma (mais e melhor) e criar estados de comunhão com o público através do riso coletivo.        

Convidados recentes:
Paula Monteiro - Palhaça Alegra
Affonso Monteiro - Palhaço Osnoffa
Frei Xico - Palhaço Fuxico

Palhaços que já participaram:
Mônica Andrade - Palhaça Overlock 
Rogéria Lepesqueur - Palhaça Pururuca
Rosana Costa - Palhaça Serpentina
Cícero Silva - Palhaço Titetê
Heloisa Dirce - Palhaça Florência
Sula Mavrudis
Cauã Esteves - Palhaço Giraflores                                                                                                             Fernando Ferreira - Palhaço Bonachão
Fernando Oliveira - Palhaço Mulambo
Poliana Reis - Palhaça Ricota
Flaviane Lopes – Palhaça Flora
Francis Severino - Palhaço Risoto 
Jennifer Jacomini - Palhaça Juliette
Jéssica Tamietti - Palhaça Espiga 
Lais de Oliveira - Palhaça Figurinha 
Thais Oliveira - Palhaça Maisena 
Vagner Silva - Palhaço Limão 
André Ferraz - Palhaço Bob
Bruno Santana - Palhaço Gari Gari
Luciene  Oliveira - Palhaça Rapi
Luiza Bahia - Palhaça Fuinha
Márcio Vesolli - Palhaço Tchururu
Jésus Lataliza - Palhaço Pequeno
Zildo Flores - Sr. Flores
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Colaboradores:

Adelson Oliveira - Luthier 

Eu sou o luthier Adelson Oliveira, artesão de instrumentos musicais de percussão. Cresci apreciando os tambores das tradicionais festas de minha terra, como o Congado, a Folia de Reis, a Marujada e o som dos bumbos e taróis que estremeciam as bandas de música de Conceição do Mato Dentro.

Meu pai foi um ótimo marceneiro, artesão em couro e madeira, e eu aprendemos a admirar seu trabalho e amar a cultura popular. Sendo assim, não foi difícil confeccionar meu primeiro tambor, no final de 2007.

Desde então, venho confeccionando diversos instrumentos, de diferentes tamanhos e cores. Fabrico, artesanalmente, alfaia, caixa de folia, zabumba, tarol, caixa de guerra, pandeiro, tamborim, surdo, tantan, rebolo e continuo pesquisando novos instrumentos. Meu trabalho já foi reconhecido por importantes músicos e percussionistas como Maurício Tizumba, Sergio Pererê, Santone Lobato, Carlinhos Ferreira, Saulo Laranjeira, Marcelo Bottini, o professor de percussão Galha Seca, entre outros.

Exponho meu trabalho nas diversas manifestações artísticas e culturais de Minas Gerais como o Festival de Arte Negra (FAN), Projeto Ação Arrumação, Festival Internacional de Circo, Feira Nacional de Artesanato.

Um dos trabalhos mais gratificante da minha jovem carreira é, sem dúvidas, a confecção dos instrumentos de percussão para o grupo Fanfalhaça, onde lidar com as cores, sons e alegria se torna cada vez mais envolvente e inspirador.

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