23 de maio de 2013

Andanças da Fanfalhaça

Em 2013, a Fanfalhaça está participando de projetos promovidos pelo Teatro Terceira Margem em diversas cidades mineiras. 

Em fevereiro, acompanhamos o Ponto de Cultura Caravana de Artesania na Zona da Mata. 
Fizemos um intercâmbio com o Circo Escola Carequinha em Juiz de Fora e a Cia de Dança Garotas Country Show em Lima Duarte. Ficamos hospedados na sede das companhias e apresentamos nas ruas ao redor. Leia o relato da viagem aqui.



Em abril, fomos na terra do pai da aviação, Santos Dumont! Soamos nossas escaletas, caixas e liras para anunciar aos 4 cantos que o teatro e o circo estavam pousando no Centro Cultural da Estação, através do projeto Artesania Nômade.  Os fotógrafos Cristian e Erik Weitzel registraram todos os momentos da nossa caminhada. Desde a "estreia" no primeiro dia...


... até o último dia, aqui com os participantes da oficina após apresentação.


Também no mês de abril, aconteceu o Exame de Capacitação Profissional para Palhaços(as), promovido pelo Sated-MG. Com alegria, compartilhamos que a notícia de que a palhaça Ricota (Poliana Reis), integrante da Fanfalhaça, foi aprovada. Outros candidatos também fizeram a prova. Veja o relato aqui

Em maio, fomos com a Caravana de Artesania a Carbonita, no Vale do Jequitinhonha. 
Atuamos nas ruas da cidade,  junto com participantes de oficina de teatro e circo promovida pela Caravana. Veja o relato da viagem aqui.




Acompanhe as apresentações desta fanfarra querida no blog idearioarte.blogspot.com.br

22 de janeiro de 2013

Encontros e trocas artísticas entre Fanfalhaça, Kalahary e convidados

Neste fim de semana (19 e 20 de janeiro), aconteceu um encontro cênico entre o circo e o teatro de rua através dos artistas/grupos:

O intercâmbio aconteceu na cidade de Dores do Indaiá, MG. Esta é a região onde o Kalahary Circus estava circulando e, por coincidência, uma região onde desenvolvemos projetos culturais desde 2011. Assim, surgiu a oportunidade de convidar o grupo de teatro de Dores (criado após o projeto), além de outros parceiros: Cia O Salto e Frei Xico. Na próxima postagem, apresentamos a trajetória de cada grupo convidado.

Chegamos em Dores no sábado, dia 19. Logo após o almoço, a turma do Sapere Arte chegou com toda disposição! Fomos então ao circo, onde tivemos uma conversa com o palhaço Cherozinho sobre circo, palhaço, histórias de vida, questões políticas e econômicas e nossa proposta de trabalho. Avaliamos que o cortejo seria uma boa proposta, pois a chuva do  tinha atrapalhado a presença do público no dia anterior. 

Após combinados e trocas de roupa no circo...


... ganhamos as ruas da cidade!!!


O cortejo saiu do circo em direção a praça central, com muita música e interação com os moradores presentes. Os palhaços coloriram as ruas, anunciando o espetáculo da noite:  

"Hoje tem espetáculo?    
Tem sim senhor!"

  Apesar do calor e do comércio fechado, conseguimos uma sintonia alegre e "desajustada" que contagiou a todos(as) que passavam pelas ruas. 


Carros pararam, crianças acenaram, moças e moços aparaceram nas janelas... Scarllety, artista do circo, distribuiu bônus com descontos para a entrada no circo. No final, o palhaço Cheroso soltou foguetes, literalmente. E foi só terminar, pra a chuva cair... Ainda bem que ganhamos uma carona providencial!



De noite, após ensaios e novas combinações com Cherozinho, participamos da abertura do espetáculo circense com um número poético e musical:

"Somos palhaços, guardiões atrapalhados e tolos 
de um tesouro que já é de todos..."


A cena ficou bonita! A experiência de atuar no picadeiro é nova e instigante... 
Com os aplausos do público, confirmamos nosso encontros e trocas artísticas.


Ficamos hospedados na escola da APAE, que nos acolheu com muita generosidade e que por sorte está localizada bem ao lado do terreno do circo. O local também contribuiu para intercâmbios entre os convidados. Imagina ouvir músicas autorais/artesanais e da nossa cultura popular, cantadas pela voz da experiência (Frei Xico)? Ah, que beleza!...


De manhã, saímos novamente às ruas. Desta vez, acertamos mais ainda os ponteiros e as bússolas para encontrar com o respeitável público. Na saída da missa e perto da feira, lá estavam mais de 60 pessoas, que nos ouviram com atenção e emoção. Deu para experimentar cenas, misturar artistas de grupos diferentes e até improvisar fundo musical!




Também conversamos com Cherozinho, que sugeriu cenas e gag´s. Nós compartilhamos informações sobre gestão cultural e poemas sobre palhaço.


Na hora do almoço, nos distribuímos em trios e duplas para almoçar nos trailers junto com as famílias circenses. Conhecemos um pouco mais a história, os momentos e as visões de vida da Mafalda (matriarca da família); seus filhos Cherozinho, Márcia, Claúdio, Andrei; os netos Landro Luciano, Scarllety, Karol, Yasmim (filhas do Cherozinho); as esposas do Cherozinho e do Cláudio; e os agregados a cozinheira, o Caçapa, o malabarista e sua esposa... 

Depois, apresentamos na matinê e no espetáculo da noite. O convite da manhã se espalhou, o tempo colaborou e o público compareceu!  



No dia seguinte, despedidas, trocas de contatos e planos para nos re-encontrarmos 
nas belas estradas da vida... Até a próxima!


Viva o teatro, viva o circo, viva o povo brasileiro!
Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu!

Esta ação faz parte do projeto "Fanfalhaça de Circo em Circo" que consiste na realização de intervenções itinerantes em espaços públicos (convocatória de público) em parceira com circos de tradição familiar integrantes da rede de Apoio ao Circo. No período de maio de 2012 a janeiro de 2013, foram visitados os circos: Circo do Palhaço Lingueta, Circo Aloma (Olimpíada Circense), Willian Circus, Fantástico Circo Show e Kalahary Circo. 




Leia também a postagem de Frei Xico sobre este encontro:

21 de janeiro de 2013

Informações sobre os grupos participantes

Nos dias 19 e 20 de janeiro, cinco grupos/artistas se encontram para promover o teatro de rua e o circo na cidade do Dores do Indaiá. A história de cada grupo é tão bonita que vamos contar um pouco aqui:

Circo Kalahary
O Kalahary Circus começou sua trajetória há 46 anos atrás, com o nome de TransBrasil. O circo é formado por 45 integrantes entre família e agregados. Há 7 anos, adotou o majestoso nome "Kalahary Circus". É o único circo a rodar todo estado de Minas Gerais. Tem como principal atração o Palhaço Cherozinho que já ganhou 9 prêmios como melhor palhaço de Minas Gerais e 2 como melhor palhaço do Brasil. Os espetáculos encantam e trazem à tona a criança que existe dentro de cada um de nós. Além do palhaço Cherozinho, o circo apresenta outras belas atrações, como o trapézio, a magia, os malabares, circo teatro e outros palhaços.

Fanfalhaça
Fanfalhaça é uma fanfarra de palhaços e palhaças que apresenta músicas e cenas cômicas. Na busca da afinação e da gargalhada coletiva, os palhaços surpreendem, brincam e interagem com o respeitável público. Promovido pelo Teatro Terceira Margem, este grupo de estudos reúne atores, atrizes e pessoas dedicadas ao mundo do palhaço, com formações e ocupações diversas.  Já recebeu 2 prêmios nacionais: Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo 2010 e Funarte Artes Cênicas de Rua 2011.  Tem circulado em diversas praças, parques, circos, escolas, eventos, festivais, ruas e vielas, becos e pinguelas. 

Cia Teatral O Salto

Fundada em 2008, a Cia Teatral O Salto surgiu da necessidade de expressar ideias e pensamentos através da arte teatro, música e arte de palhaços. É formado por Markus Câmara (ator, palhaço, músico e artista plástico), Marcella Barreto (atriz e palhaça) e Niel Flávio (ator, palhaço, dramaturgo e produtor) e conta com a colaboração de Joyce (artista plástica). O grupo mantém no repertório artístico as apresentações ''Fubá quer ser criança'' e ''Uma receita pra Marceleza''. As cenas abordam temas atuais, numa linguagem jovem, e buscam contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Além de orientar vivências teatrais e circenses, o grupo desenvolve o projeto "Domingo na Praça" que consiste na circulação de suas apresentações em praças da cidade escolhidas pelo público presencialmente e através da internet.  Apaixonados por teatro, os jovens atores querem fazer do hobby artístico, um trabalho profissionalizante. Para isso, o grupo participa de movimentos e redes culturais, busca apoios do público e do comércio local e escreve propostas para editais públicos culturais, tendo já conseguido 2 aprovações. Valorizando sua identidade cultural, o grupo busca promover o teatro em terras monlevadenses, considerando que o teatro é uma das formas da cidade reconhecer sua identidade única/autênticaEm 2012, o grupo foi agraciado na câmara dos vereadores com a Medalha de Mérito Cultural Leonardo Diniz Dias. 

Teatro Sapere Arte
O Teatro Sapere Arte é um grupo de teatro que cria e apresenta cenas inspiradas no teatro de rua, na arte de palhaços e no teatro em espaços alternativos. Com o objetivo de promover a cultura, o lazer e a alegria junto aos moradores da cidade de Dores do Indaiá, o grupo está se empenhando na criação e apresentação de cenas, na produção, apoio e divulgação cultural. Apesar do pouco tempo de existência, o grupo já colhe resultados positivos, como o apoio e reconhecimento do público, os intercâmbios com artistas de outros grupos e a aprovação de projetos em editais públicos de cultura.



Frei Xico

Frei Xico é um palhaço "fora de série". Frade e holandês, nascido na década de 40, cultiva um amor contagiante pela cultura popular brasileira. Nas palavras dele: "Comecei a viver meu palhaço no XXV Congresso Mundial de Educação através da Arte, no Rio de Janeiro (RJ) 22-28 de julho de 1984. Ele vai comigo em tudo que faço: palestras, shows e até numa cantoria de boteco. Ele fica na cintura pendurado no cordão de São Francisco. Nós dois não somos separados. Sou anarquista, mas também sou frade de verdade. Se de um lado uso o hábito franciscano, do outro está ele com a roupa colorida, a calça enrolada e o brinco na orelha. Sou sério e irreverente. Dou aula e não sei nada. Foi minha mãe que fez este palhaço de pano para mim, sem entender porque seu filho nesta idade ainda brincava com um boneco. Era uma vez um tempo em que as autoridades eram condes, viscondes, duques, príncipes, generais, almirantes e... no topo do poder, estava o rei. Acima do rei não havia ninguém; só Deus! A palavra do rei todos tinham de obedecer. Foi então que surgiu, ao lado do rei, a curiosa figura do bobo da corte. Era bobo coisa nenhuma! Falava várias línguas, tocava instrumentos musicais, era o cerimoniário nas festas, declamava poesias. Além disso, entendia muito bem de política. O bobo da corte podia dizer ao rei o que quisesse, interrompia a reunião, dava risada, criticava a autoridade sem correr o risco de ir preso. Ele era um legítimo fator crítico, ao lado de quem tem poder. No meu trabalho, acho difícil lidar com a vida e a experiência religiosa dos pobres do Jequitinhonha. A cultura é vida. O povo guarda as coisas enquanto tiverem sentido para ele, seja um brinquedo, uma técnica de trabalho, um remédio da horta ou uma oração. É difícil entender qual é o sentido destas coisas na vida do pobre, sobretudo porque eu não sou pobre, nem marginalizado. Daí o palhaço. E o nariz vermelho? Este eu uso na roda dos palhaços. No Teatro Terceira Margem, meu nome é 'Fuxico'. Viva a união dos palhaços! Viva o Vale do Jequi! Vamos levar este mundo a sério. Frei Francisco van der Poel, franciscano."
Veja mais: Artigo sobre o bobo da corte

14 de janeiro de 2013

Fanfalhaça visita Circo Kalahary em Dores do Indaiá, MG


Visita ao Fantástico Circo Show em Betim
Neste fim de semana, 19 e 20 de janeiro, estaremos em Dores do Indaiá visitando o Circo Kalahary, junto com os grupos Sapare Arte de Dores do Indaiá, Cia O Salto de João Monlevade e convidados. Será feita convocatória de público, participações no picadeiro e conversas com os artistas do circo. 
Um convite para crianças de todas as idades!!! 
Informações: (31) 9997-6912
Esta ação faz parte do projeto "Fanfalhaça de Circo em Circo" que foi inciado em 2011 e será concluído mês.