21 de janeiro de 2013

Informações sobre os grupos participantes

Nos dias 19 e 20 de janeiro, cinco grupos/artistas se encontram para promover o teatro de rua e o circo na cidade do Dores do Indaiá. A história de cada grupo é tão bonita que vamos contar um pouco aqui:

Circo Kalahary
O Kalahary Circus começou sua trajetória há 46 anos atrás, com o nome de TransBrasil. O circo é formado por 45 integrantes entre família e agregados. Há 7 anos, adotou o majestoso nome "Kalahary Circus". É o único circo a rodar todo estado de Minas Gerais. Tem como principal atração o Palhaço Cherozinho que já ganhou 9 prêmios como melhor palhaço de Minas Gerais e 2 como melhor palhaço do Brasil. Os espetáculos encantam e trazem à tona a criança que existe dentro de cada um de nós. Além do palhaço Cherozinho, o circo apresenta outras belas atrações, como o trapézio, a magia, os malabares, circo teatro e outros palhaços.

Fanfalhaça
Fanfalhaça é uma fanfarra de palhaços e palhaças que apresenta músicas e cenas cômicas. Na busca da afinação e da gargalhada coletiva, os palhaços surpreendem, brincam e interagem com o respeitável público. Promovido pelo Teatro Terceira Margem, este grupo de estudos reúne atores, atrizes e pessoas dedicadas ao mundo do palhaço, com formações e ocupações diversas.  Já recebeu 2 prêmios nacionais: Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo 2010 e Funarte Artes Cênicas de Rua 2011.  Tem circulado em diversas praças, parques, circos, escolas, eventos, festivais, ruas e vielas, becos e pinguelas. 

Cia Teatral O Salto

Fundada em 2008, a Cia Teatral O Salto surgiu da necessidade de expressar ideias e pensamentos através da arte teatro, música e arte de palhaços. É formado por Markus Câmara (ator, palhaço, músico e artista plástico), Marcella Barreto (atriz e palhaça) e Niel Flávio (ator, palhaço, dramaturgo e produtor) e conta com a colaboração de Joyce (artista plástica). O grupo mantém no repertório artístico as apresentações ''Fubá quer ser criança'' e ''Uma receita pra Marceleza''. As cenas abordam temas atuais, numa linguagem jovem, e buscam contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Além de orientar vivências teatrais e circenses, o grupo desenvolve o projeto "Domingo na Praça" que consiste na circulação de suas apresentações em praças da cidade escolhidas pelo público presencialmente e através da internet.  Apaixonados por teatro, os jovens atores querem fazer do hobby artístico, um trabalho profissionalizante. Para isso, o grupo participa de movimentos e redes culturais, busca apoios do público e do comércio local e escreve propostas para editais públicos culturais, tendo já conseguido 2 aprovações. Valorizando sua identidade cultural, o grupo busca promover o teatro em terras monlevadenses, considerando que o teatro é uma das formas da cidade reconhecer sua identidade única/autênticaEm 2012, o grupo foi agraciado na câmara dos vereadores com a Medalha de Mérito Cultural Leonardo Diniz Dias. 

Teatro Sapere Arte
O Teatro Sapere Arte é um grupo de teatro que cria e apresenta cenas inspiradas no teatro de rua, na arte de palhaços e no teatro em espaços alternativos. Com o objetivo de promover a cultura, o lazer e a alegria junto aos moradores da cidade de Dores do Indaiá, o grupo está se empenhando na criação e apresentação de cenas, na produção, apoio e divulgação cultural. Apesar do pouco tempo de existência, o grupo já colhe resultados positivos, como o apoio e reconhecimento do público, os intercâmbios com artistas de outros grupos e a aprovação de projetos em editais públicos de cultura.



Frei Xico

Frei Xico é um palhaço "fora de série". Frade e holandês, nascido na década de 40, cultiva um amor contagiante pela cultura popular brasileira. Nas palavras dele: "Comecei a viver meu palhaço no XXV Congresso Mundial de Educação através da Arte, no Rio de Janeiro (RJ) 22-28 de julho de 1984. Ele vai comigo em tudo que faço: palestras, shows e até numa cantoria de boteco. Ele fica na cintura pendurado no cordão de São Francisco. Nós dois não somos separados. Sou anarquista, mas também sou frade de verdade. Se de um lado uso o hábito franciscano, do outro está ele com a roupa colorida, a calça enrolada e o brinco na orelha. Sou sério e irreverente. Dou aula e não sei nada. Foi minha mãe que fez este palhaço de pano para mim, sem entender porque seu filho nesta idade ainda brincava com um boneco. Era uma vez um tempo em que as autoridades eram condes, viscondes, duques, príncipes, generais, almirantes e... no topo do poder, estava o rei. Acima do rei não havia ninguém; só Deus! A palavra do rei todos tinham de obedecer. Foi então que surgiu, ao lado do rei, a curiosa figura do bobo da corte. Era bobo coisa nenhuma! Falava várias línguas, tocava instrumentos musicais, era o cerimoniário nas festas, declamava poesias. Além disso, entendia muito bem de política. O bobo da corte podia dizer ao rei o que quisesse, interrompia a reunião, dava risada, criticava a autoridade sem correr o risco de ir preso. Ele era um legítimo fator crítico, ao lado de quem tem poder. No meu trabalho, acho difícil lidar com a vida e a experiência religiosa dos pobres do Jequitinhonha. A cultura é vida. O povo guarda as coisas enquanto tiverem sentido para ele, seja um brinquedo, uma técnica de trabalho, um remédio da horta ou uma oração. É difícil entender qual é o sentido destas coisas na vida do pobre, sobretudo porque eu não sou pobre, nem marginalizado. Daí o palhaço. E o nariz vermelho? Este eu uso na roda dos palhaços. No Teatro Terceira Margem, meu nome é 'Fuxico'. Viva a união dos palhaços! Viva o Vale do Jequi! Vamos levar este mundo a sério. Frei Francisco van der Poel, franciscano."
Veja mais: Artigo sobre o bobo da corte